E atravessá-los requer deixar o que é conhecido para avistar, experimentar e viver o novo. No início a sensação é de não enxergar nada, mas você sente que já não é mais possível se conter onde está e que é hora de permitir que o movimento aconteça.
Há uns 3 anos, conhecer, aceitar e amar o meu cabelo natural me revelou muito sobre as transições, sobre fazer as pazes com o tempo, com o percurso e a perceber que fica muito mais simples fluir ao invés de resistir, aceitando o que é e o que naturalmente vem de dentro, e que não importa qual será a mudança e o destino, a inspiração e a escolha são internas.
Parece simples, mas este foi um belo caminho de acolhimento da minha infância e adolescência com os cabelos trançados – trancados até, com muitas crenças sobre a minha imagem
Conhecer o meu cabelo me mostrou como é soltar padrões e a tentativa de pertencer, modelar, controlar para permitir que ele se expresse como a minha identidade, como a minha Coroa.
Toda travessia passa por inseguranças, descobertas, curas de memórias
Passa pela vontade de se esconder, de desistir, de voltar
Até chegar à confiança, liberdade e orgulho pela jornada
Seguir apesar dos desconfortos torna a travessia mais fácil
Com amor, aceitação e compaixão para acarinhar e desfazer os nós (e se observar bem, isso é válido em diversas outras situações, né?)
Depois da transição do cabelo eu senti confiança para atravessar outros Portais importantes pra mim, como a mudança de casa e profissional
Cada um deles no meu tempo e – não do dia pra noite – sentindo cada passo e escolha com o Coração.
Eu sei que posso experimentar o meu cabelo de muitas maneiras, ele é apenas um adorno desde corpo, e nada disso precisa ser para me mudar.
A beleza está em ser quem se é
E a cada Portal que atravessa você descobre mais de si mesmo.
Que Portais você deseja atravessar?
É um prazer te auxiliar
Com orgulho,
Ehli